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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Novo Selo: "Blogueiro Show"!


Fico feliz de verdade quando sou indicado a algum prêmio ou a algum ato que tenha como objetivo demonstrar o reconhecimento de um trabalho meu. Com a indicação do blogueiro Kiko Lemos, do blog Desventuras Inimagináveis, e a manifestação de outros blogueiros que fazem parte dessa grande rede de união e amizade, o Vem Aqui No Meu Blog! recebe outro gratificante selo chamado "Blogueiro Show". Bom, é através dessa gíria surfista, que ganho mais essa manifestação carinhosa em que fico muito honrado!

Repasso o selo Blogueiro Show aos seguintes blogs:

- Humor Negro Sem Censura, de Laura
- Toca do William, dele mesmo... do William, rs

*Esperando agora ansiosamente receber o selo que vale 10 mil reais!!!

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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Homenagem - Leslie Nielsen!

Minha infância foi marcada por ótimos filmes de comédias, vistos tanto no cinema, quanto nas ainda memoráveis "Sessões da Tarde"... comédias que nada tinham de apelativo. Humor sexual, escatologia e vulgaridade eram elementos completamente descartados, quando se existia um roteiro e um elenco preparado para provocar o riso da forma mais pura e divertida possível. Leslie Nielsen era um desses atores comediantes que não precisava utilizar de tais recursos infames para nos fazer rir. Seus trejeitos e, principalmente, seu semblante já era algo por si só, hilário, que combinava com os tipos impagáveis que interpretava. Um ator que sabia exercer seu lado mais brincalhão e humorístico da maneira mais correta e bem realizada, sem nunca soar exagerado, bobo, ou até mesmo descartável. Nielsen era daqueles comediantes que nem precisava falar nada... sua presença em cena, era algo marcante e já esboçava um sorriso sincero em nossas faces. Um ator que nos fazia gargalhar, mesmo estando "sério" em personagens que acreditavam serem sérios. Isso já é de um brilhantismo significativo, que só os maiores comediantes conseguem!

Leslie, no entanto, morreu nesse domingo, dia 28 de novembro de 2010. Canadense nascido em 11 de fevereiro de 1926, o comediante deu entrada num hospital americano com uma forte pneumonia que havia o adoecido... os familiares estavam ao seu lado e dizem que ele adormeceu tranquilamente no leito, não revivendo mais. Uma morte tranquila para um dos caras que muitos fãs, gostariam de ter como avô!

Eu destaco dois ÓTIMOS filmes dele que todos DEVEM assistir: "Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu" (de 1980), onde Nielsen interpreta um médico à bordo de um avião onde toda a tripulação está em pânico e, seu maior destaque, que é a divertidíssima trilogia "Corra que a Polícia Vem Aí!" (iniciada em 1988), onde faz seu personagem mais inesquecível que é o hilário Tenente Frank Drebin, um famoso detetive da polícia que não sabe estacionar carros, rs.

Uma triste perda para os fãs, já que ao meu ver, Leslie Nielsen era um dos últimos grandes atores comediantes que o Cinema ainda possuía!

Uma homenagem a ele:



* "Eu poderia dizer a mim mesmo que estava encurralado e que minhas pistas investigativas não deram em nada... mas como ter certeza disso, se nem ao menos sei em que cidade estou!" (Frank Drebin, de Corra que a Polícia Vem Aí)

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domingo, 28 de novembro de 2010

O Antes e o Agora de: Shakira

NOTA 9: A cantora e dançarina colombiana Shakira, que ganhou uma popularidade imensa com "Estoy Aqui", há anos faz um significativo sucesso com suas músicas pops e latinas nos Estados Unidos, começou bem jovem com seus ritmos dançantes e exibindo toda a sua latinidade e, principalmente, sua AUTENTICIDADE musical em letras, coreografias e performance artística. A originalidade da cantora veio muito dessa sua identidade marcante em cima dos palcos e conquistou com muito mais honestidade o público. Fora que sua imagem era bem mais verdadeira, esteticamente falando; ela não era tão super produzida para ser uma diva pop, mas já era uma cantora de trejeitos e visual além de bonito, real e sincero.
NOTA 8: Justamente, todos aqueles atributos admiráveis da autenticidade e originalidade de Shakira, se perderam um pouco. Seja no visual quanto na musicalidade. Agora, com os cabelos lisos e loiros, corpo malhado e vestimentas mais ousadas, a cantora abandonou não só aquele seu "ar latino", que era um grande diferencial em seu estilo musical, e se rendeu à pasteurização americanizada. Shakira não só começou a cantar um pop mais eletrônico, com batidas às vezes até de rap, mas ficou visualmente semelhante a qualquer cantora americana fabricada; em muitos clips, inclusive, ela lembra até Beyonce! Infelizmente aquela identidade única que a cantora tinha, se desfez para talvez, se adentrar no cenário musical americano. Continua bonita sim, mas o charme e a beleza que a cantora possuía na época de suas primeiras músicas, hoje se tornou comum e até sem graça por ser quase uma clonagem de várias outras cantoras pops americanas. Até a magreza característica das estadunidenses, Shakira adquiriu... lamentavelmente. A nota reflete, portanto, essa perda de autenticidade que a cantora tinha de forma muito mais natural!

* Saudades de quando Shakira não precisava "imitar" as divas do momento, para sabermos que ela sempre teve TALENTO, VOZ e CARISMA... como prova a música abaixo:



Para ver os anteriores "O Antes e O Agora", clique nos links abaixo:
- Amy Winehouse
- C. Thomas Howell

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sábado, 27 de novembro de 2010

Novo Selo: "Esse blog me faz feliz!"


O "Vem Aqui No Meu Blog!" acaba de receber um novo selo, agora por intermédio do Blog Desventuras Inimagináveis, do blogueiro Kiko Lemos. E, junto com o emblema, vem também um desafio com sete perguntas e sete respostas cada.

1°) O que pretendo fazer antes de morrer?

* Pular de Pára-Quedas com um grupo de amigos
* Ter uma Harley Davidson Fat Boy
* Conhecer Hollywood
* Fazer uma revista em quadrinhos de sucesso
* Ter uma banda de rock
* Participar de corridas de Jet-Ski ao som de Peter Frampton
* Conhecer uma mulher linda e gostosa que seja surda-muda, engolidora de espadas e contorcionista (brincadeirinha, rs)

) Palavras ou expressões que mais falo:

* Cara
* Bizarro
* Putaquimerda
* É foda
* Sério?
* Muito escroto!!!
* Poxa, que coxa...

3°) Coisas que faço bem:

* Vitaminas
* Desenhar
* Sonhar
* Inventar desculpas
* Escolher bons filmes
* Beijar (segundo informações)
* Passar trotes para amigos

4°) Meus defeitos:

* Roer unhas
* Falar demais
* Preguiçoso
* Impulsivo
* Teimoso
* Falar depressa
* Ansioso

5°) Minhas qualidades:

* Amigo
* Criativo
* Dinâmico
* Amoroso
* Desinibido
* Saber ouvir
* Saber conversar

6°) Coisas que amo:

* Deus
* Minha família
* Meus amigos
* Cinema
* Quadrinhos
* Música boa

7°) Blogs para participar do desafio:

* Humor Negro Sem Censura (da amiga e blogueira Laura)

Ao blog indicado pode pegar o selo e responder as perguntas sem ser nessa ordem... mas tem que responder com sinceridade, héin!!! =P

* Agradeço ao amigo Kiko Lemos, que sempre lembra de mim ao indicar esses selos que tanto gosto... o problema é que ele aumentou o valor que me cobrava para isso. (Brincadeirinha!!! rs)

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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Curtindo a Vida Adoidado (chegando à marca dos 100 posts!!!)

Não poderia ser melhor para o "VemAquiNoMeuBlog!" ter um post como esse, falando de um filme que simplesmente ADORO e que significa muito para mim, marcando a centésima postagem!!! Parece coincidência, mas realmente não foi... quem já vem acompanhando o Blog, sabe que todas as sextas, eu posto aqui, uma das figuras que estão ilustrando o título do "VemAquiNoMeuBlog" - podem reparar aí no Arquivo de Posts, ao lado! -, e foi uma grata e imensa "coincidência" ver que justamente o POST de número 100 seria sobre esse filme!!! Uma surpresa que, sinceramente, não poderia ser melhor. Mas às vezes, até me surpreendo que eu tenha conseguido - mesmo que com algumas dificuldades - manter DIARIAMENTE um Blog com diferentes posts a cada dia, nesse espaço virtual que compartilho um pouco de mim para internautas que nem conheço com tanta afinidade, e que comentam aqui com muito respeito. Fico feliz e bastante contente que eu tenha conseguido preservar essa atualização dia após dia, e chegado finalmente, ao post 1OO!!! É uma marca e tanto, e sei que posso um dia ficar doente, ou simplesmente meu computador dar algum probleminha e me impedir de postar, quebrando assim, essa atualização diária. Mas já chegando até aqui, com cem postagens e, o mais importante, mantendo uma qualidade de nunca soar vulgar ou apelativo, é uma grande conquista e satisfação... e se torna ainda MELHOR com um post onde falarei de nada menos que "Curtindo a Vida Adoidado"!!!

A HISTÓRIA:

Ferris Bueller's Day Off (Curtindo a Vida Adoidado) é um filme estadunidense, do gênero comédia, dirigido por John Hughes, considerado "o mestre dos filmes adolescentes dos anos 80".

O filme, cuja história trata de um jovem que, para aproveitar a vida, finge estar doente para matar aula junto com sua namorada e o melhor amigo, é visto pela crítica moderna como um clássico e um paradigma do cinema de 1980, notável por ser uma obra cinematográfica que o espectador não se cansa de rever – muito embora, a maior parte das críticas iniciais tenha sido negativa, por acreditar que o roteiro fazia uma apologia aos "matadores" de aula. O que, no fundo, sabemos que a história vai muito além disso, tratando de forma bem humorada e às vezes de maneira sensível, as relações dos jovens com seus amigos, com seus pais e o espírito de liberdade e amizade que cada um deles tinha.

A interpretação de Matthew Broderick, escolhido pessoalmente por Hughes para o personagem título, e posteriormente indicado ao Globo de Ouro de 1987 na categoria de melhor ator em comédia/musical pelo seu trabalho, é atualmente aclamada por críticos de todo o mundo, como o brasileiro Rubens Ewald Filho, que tem esse, como o melhor trabalho do ator. Ferris Bueller, seu personagem, é muito mais que um simples cabulador de aulas... ele se torna um mito e uma lenda para todos aqueles adolescentes da década de 80 que sonhavam em programar um dia para se divertir com o melhor amigo e a namorada. Engana-se quem pensa que tudo é muito fácil para os 3 amigos; Ferris, seu amigo Cameron e sua namorada Sloane não são os típicos adolescentes populares na escola... Cameron, por exemplo, tem problemas com o pai que terá que ser enfrentado mais tarde, quando o carro que usaram (uma Ferrari GT 280) é destruída; Sloane sofre as angústias e as incertezas de uma jovem romântica que planeja o futuro ao lado de seu namorado e, finalmente, Ferris Bueller, que terá que enfrentar a irmã invejosa e chegar em casa antes de seus pais. E tendo que, acima de tudo, driblar o implacável diretor Edward Rooney (considerado um dos "vilões" mais engraçados do cinema). Tudo, elaborado de forma magistral pelo diretor e roteirista John Hughes, que não imaginava que Ferris Bueller e o filme tornariam-se um ícone para toda uma geração!

(Os amigos - da esq. p/ dir: Mia Sara como Sloane Peterson, Matthew Broderick como Ferris Bueller e Alan Ruck como Cameron Frye)

Em 2006, a revista brasileira Veja, ao comentar o lançamento do DVD do filme, vinte anos após sua estreia, disse ser uma obra definitiva e insuperável no estilo, e que não envelheceu: todo o tempo, a obra festeja a simples alegria de viver, em cenas antológicas. Para o crítico de cinema Peter Reiher, as cenas de sala de aula justificam o preço do ingresso: fazem-no lembrar os tempos de escola, quando todos enfrentam aulas chatas e professores enfadonhos... mas, mais do que isso: trás de fato, a felicidade e a magia de uma época, em que não sabíamos o quanto éramos ingenuamente felizes.

A DIREÇÃO:

Peter Reiher acentua que o personagem de Broderick é uma verdadeira "armadilha" para o diretor: sua falta de caráter poderia facilmente ter levado o público a odiá-lo – mas John Hughes consegue estabelecer uma espécie de cumplicidade do espectador, fazendo com que Ferris fale diretamente a quem assiste. O crítico acentua que o diretor encontrou os momentos corretos para fazer os cortes das tomadas, bem como imprimiu ao filme um ritmo acelerado, mas não o bastante para que se percam os detalhes.

(O diretor e roteirista John Hughes, falecido em 2009)

Num resumo da personalidade dos personagens, Cameron seria aquele amigo que gostamos muito, mas percebemos que tem alguma dificuldade pessoal e queremos ajudá-lo... Ferris ajuda a tornar Cameron muito mais seguro, mais forte. Sloane, a namorada, é romântica e delicada, mas percebe em Ferris, um arrojo de vida que ela mesma não sabia que tinha, um gosto pela vida trancafiado em regrinhas comportamentais... Ferris a ajuda liberar tudo isso, fazendo com que ela seja ainda mais ela. E no fim, Ferris continua sendo "o rebelde"... mas aquele rebelde legal, inteligente e carismático, que todos gostariam de ter como um grande amigo. Hughes, enfim, define tudo isso muito bem com sua brilhante direção!

A CRÍTICA ANTIQUADA:

A obra de Hughes teve uma posição inicial da crítica muitas vezes adversa. No momento em que o filme foi lançado (em 1986), havia uma forte influência do governo conservador de Ronald Reagan nos Estados Unidos da América, vivia-se uma onda neoliberal, que fizeram alguns dos críticos enxergarem neste filme uma propaganda desses valores.

("Alguém? Alguém...?". O professor chato feito pelo ator Ben Stein. "Bueller? Buller...?")

A apreciação mais recente, contudo, como mais adiante pode-se ler na crítica moderna, apresenta uma outra visão sobre "Ferris Bueller", mais afeita aos aspectos filmográficos do que aos fatos sociais do momento histórico de então.

A escritora Janet Staiger, em seu livro "Perverse spectators: the practices of film reception", faz uma análise das críticas feitas em vários jornais e revistas sobre o filme. Segundo ela, alguns críticos parecem sucumbir à ideologia do consumismo, e a apreciação do filme parece ser feita apenas sob a ótica de homens brancos, ricos e caucasianos – e que esta talvez fosse diferente se feita pela ótica feminina, de um negro, gay ou hispânico. Da análise de treze publicações, encontrou alguns resultados que considerou surpreendentes, como a feita pela crítica Rita Kempley, do Washington Post; ela declarou desejar que Ferris fosse seu amigo, pois ele diz para aproveitar um dia em sua vida da melhor maneira. Em vários deles, a crítica negativa revela algo que não é surpresa, contudo, por serem adultos repelindo um filme sobre adolescentes (com ressalva para dois dos críticos, que disseram haver gostado da obra), ao passo em que os resultados positivos junto ao público adolescente revelam que Hollywood acertou seu público-alvo.

A CRÍTICA CONTEMPORÂNEA:

A crítica Nina Darnton, do The New York Times, traçou um painel do filme, quando de seu lançamento em 1986, observando que a figura de Ferris surgia como um adolescente ímpar, capaz de romper a hierarquia entre idades que existe nesta fase, sendo popular entre veteranos, novatos, drogados, atletas, etc., de modo tão acentuado que faz parecer o sistema de castas indiano uma ordem igualitária. Acentua que a percepção do diretor Hughes sobre a adolescência é algo perturbador, pois este reflete com sensibilidade o "mundo de Peter Pan" sem perder a experiência e o conhecimento adultos: é assim que retrata as aulas como algo maçante, os exercícios físicos como uma tortura, e os adultos de modo estereotipado. Para ela, dois personagens crescem substancialmente na trama: Cameron (o amigo) e Jeanie (a irmã).

(A invejosa irmã de Ferris, Jeanie, feita por Jennifer Grey)

No Brasil, a revista Manchete dizia, em 1987, que "o roteiro de Curtindo a Vida Adoidado (Ferris Bueller's Day Off) nada tem de especial", fazendo coro à crítica contrária do país de origem da película. Também a crítica Leneide Duarte, na revista Veja de 21 de janeiro daquele ano, disse que o filme pecava por criar personagens estereotipados, como a postura heroica de Ferris, o medo e hipocondria de Cameron, ou a perseguição do diretor Rooney, que lembrava o inspetor Miguel da Turma do Bolinha, não passando de um "divertimento despretensioso para adolescentes".

A CRÍTICA MODERNA:

Em 2006, quando o filme foi finalmente lançado em DVD, Jen Chaney disse concordar com o professor/ator Ben Stein, quando declara num "extra" que "Eu não sei se há um filme mais alegre do que este" e que os extras oferecidos pelo relançamento deveriam incluir mais comentários do diretor, para que ele explicasse o poder de permanência dessa comédia.

Alguns aspectos inicialmente tidos por negativos do filme passaram a ser abordados por uma ótica alheia à política coetânea. A frase dita por Ferris sobre a rapidez da vida, apreciada negativamente pelo sociólogo David Denby, serve de introdução num capítulo de "Genre Studies in Mass Media", de Art Silverblatt (2007), que mais adiante justifica: "Uma inversão de papeis das gerações culmina no filme Ferris Bueller's Day Off. Em um mundo pós-moderno de rápidas mudanças que perdeu as inocentes ilusões fixadas pelas normas morais, os adolescentes são mais adaptados para agir de modo decisivo, com coragem, sabedoria e amizade." Silverblatt conclui que a visão das gerações no pós-guerra passou a ser de conflito, como em Juventude Transviada; nos anos 80, como o filme de Hughes demonstra, os adultos passaram a ser "irrelevantes".

("Ferrari GT 280... apenas 5 dessas no mundo foram construídas... e uma está na garagem do meu pai!")

Silvio Pilau, também em 2007, acentua que o enredo não poderia ser mais básico – "um adolescente que mata aula para se divertir. Simples assim." Mas, em seguida, completa: "O que fez (e ainda faz) da obra um acontecimento cultural tão impactante é a maneira irresistível na qual ela é contada pelo diretor e roteirista Hughes, além, é claro, de girar sobre um tema capaz de apelos a qualquer pessoa em qualquer idade. Isso, por si só, já é sensacional!"

Para o cronista Eduardo Haak, "Curtindo a Vida Adoidado" é um filme que possui "inesgotabilidade", uma obra cinematográfica que o espectador não se cansa de rever, tal como ocorre com certos desenhos animados. Aprecia, ainda, a função de Ferris como "agente catalisador" das mudanças no amigo Cameron Frye, considerado por Haak o verdadeiro personagem principal, já que Cameron poderia ser facilmente, qualquer um de nós, com medos, receios e inseguranças pertencentes à vida e à idade.

Segundo o crítico Marcelo Janot, o filme é um verdadeiro clássico cult e tem como cena mais marcante, a dança no desfile, onde se expõe o caráter de todos os personagens principais.

A MÚSICA:

David Mansour, na sua "Enciclopédia de Cultura Pop do Final do Século XX", resumiu a trilha da comédia como "um mix eclético de músicas, que incluem "Oh Yeah" do Yello, "Danke Schoen" de Wayne Newton, e "Twist and Shout" dos Beatles".

Além destes, o filme contou com outros sucessos de várias épocas, como "Please Please Please Let Me Get What I Want" e "The Edge Of Forever" na versão de The Dream Academy, a composição "Jeannie" feita para o seriado Jeannie é um Gênio por Hugo Montenegro, dentre outras.

Fred Karlin e Rayburn Wright, analisando o uso da música nas obras de Hughes, lembram como este faz citações musicais e referências a canções bastante conhecidas, como na cena em que Ferris, vestindo um terno para fingir ser o pai de Sloane, entra na cozinha de sua casa e diz "Bueller – Ferris Bueller" tendo ao fundo a música do compositor Ira Newborn que, junto ao timbre acentuado da voz, fazem clara alusão ao trabalho de John Barry nos filmes de James Bond.

(Ferris cantando e dançando junto com toda a cidade de Chicago, ao som de "Twist and Shout")

Jen Chaney do The Washinton Post disse que "O clássico de John Hughes se destaca como uma das raras comédias que refletem bem a sua época – meados dos anos 1980, como se pode ver pelo sintetizador de Ferris, e por Sigue Sigue Sputinik na trilha sonora. Já Mathew Broderick relembra que a ideia de cantar Danke Schoen no banheiro foi uma ideia dele: enquanto filmavam a cena ele resolvera ensaiar a canção, que deveria cantar durante a cena da parada e que nunca antes escutara, fez então um moicano no cabelo e cantou; o diretor Hughes não cortou o improviso e usou-o no filme – revelando, segundo o ator, sua genialidade.

O uso da música clássica nesta comédia é lembrado por Melanie Diane Lowe como um identificador da cultura elitista e esnobe que há no centro dos Estados Unidos da América. A visita dos jovens ao restaurante de alta cozinha Chez Quis, onde Ferris finge ser o rei da salsicha de Chicago apesar de estarem inadequadamente vestidos, a situação de conflito com o maître é secundada pela execução do Minueto de Boccherini do Quinteto para cordas em mi maior; já o Quarteto de cordas n.20 em ré maior "Hoffmeister" K.499, de Mozart, retrata o momento em que Ferris sai vitorioso. Apesar de ter se infiltrado no detestável e esnobe mundo da classe-média, Ferris mostra depois a "sua" música, quando canta finalmente Twist and Shout.

Em 2008 a prestigiada e famosa revista de música Rolling Stone escolheu as melhores músicas dos filmes da década de 80, e "Oh Yeah" de Yello, integrante da trilha de "Curtindo a Vida Adoidado" ficou em nono lugar.

O IMPACTO CULTURAL DO FILME:

Na campanha presidencial de 1989, o candidato Dan Quayle declarou que este era seu filme predileto, porque "ele lembra a mim, no meu tempo de escola".

A então Primeira-dama dos Estados Unidos da América, Barbara Bush, parafraseou Ferris num discurso proferido no Wellesley College, em 1990: "Encontre a alegria de viver, porque como Ferris Bueller disse no seu dia de folga, 'A vida anda muito rápido; e se você não parar e olhar em volta de vez em quando, irá perdê-la.'" Então, respondendo aos aplausos, acrescentou: "Não irei contar ao George que já recebi mais aplausos por causa do Ferris do que por causa dele".

(Jeffrey Jones, como o implacável - e azarado! - diretor da escola Edward Rooney)

As bandas de rock pop chamadas Rooney e Save Ferris têm esses nomes devido ao filme, uma homenagem ao personagem Edward Rooney que persegue Ferris Bueller, e a outra é uma referência à frase famosa dita pelos alunos no filme, respectivamente.

O filme é citado na trama do romance fantástico, Music to My Sorrow, de Mercedes Lackey e Rosemaru Edghill, em que o personagem central, um rapaz chamado Magnus, deixa de compreender uma mensagem por ter assistido as aventuras de Ferris Bueller na televisão, e não em um cinema.

BILHETERIA:

A estreia do filme nos Estados Unidos se deu em 1330 cinemas, e alcançou o segundo lugar na bilheteria daquele final de semana, com US$6,275,647, atrás apenas do filme De Volta às Aulas (Back to School). Ao final daquele ano, Curtindo a Vida Adoidado (Ferris Bueller's Day Off) havia alcançado uma bilheteria superior a 70 milhões de dólares, tornando-se o décimo filme mais assistido de 1986, um sucesso de bilheteria em consideração ao enxuto orçamento de 6 milhões de doláres.

CURIOSIDADES:

  • No roteiro inicial, Ferris tinha dois irmãos mais jovens.
  • O diretor Edward Rooney, personagem feito brilhantemente pelo ator Jeffrey Jones, ficou sendo considerado um dos vilões mais engraçados do cinema, sendo que o papel era apenas para durar nas cenas iniciais do filme... mas Hughes gostou tanto do ator no personagem, que incluiu mais cenas com ele, todas emblemáticas e inesquecíveis.
  • O carro do pai de Cameron não era uma Ferrari verdadeira. A versão original era muito cara para ser alugada, então eles fizeram uma versão em fibra.
  • Uma série de momentos chave do filme foram criados na sala de edição, como os três chutes que Jeannie dá na cara do diretor Rooney (apenas um foi dado) e o beijo que Ferris, vestido de pai, deu na namorada Sloane na frente do diretor Rooney. Originalmente era para ser um breve beijo, mas a edição inseriu um longo beijo “incestuoso”.
  • Para produzir a aparência de drogado na delegacia, Charlie Sheen (em uma participação especial) ficou acordado por mais de 48 horas antes da cena.
  • A sequência em que Ferris canta ‘Twist and Shout’ foi filmada durante um evento anual realizado em Chicago.
  • Cindy Pickett e Lyman Ward, que interpretaram os pais de Ferris, casaram na vida real depois das filmagens.
  • Mia Sara contou que Matthew Broderick realmente fez cócegas em seus pés e joelhos para fazê-la rir naturalmente na cena em que estão em um táxi.
  • Apesar da aparência, Alan Ruck já tinha 29 anos quando desempenhou o papel de Cameron.
  • Jeffrey Jones, o diretor implacável da escola, foi reverenciado por todo o elenco jovem, ao final do filme.
  • John Hughes escreveu o roteiro do filme em seis dias.
  • O amarelo e vermelho na insígnia da boina de Ferris pertence ao 32º Regimento Blindado, o mesmo que Elvis Presley serviu quando esteve no exército.
  • John Cusack, Jim Carrey, Johnny Depp, Tom Cruise, Robert Downey Jr. e Michael J. Fox foram todos considerados para o papel de Ferris Bueller.
  • Curtindo a Vida Adoidado é o 10º colocado no Ranking mundial como um dos 50 melhores filmes sobre e para o público adolescente.

UMA CENA INESQUECÍVEL:



* Para mim, é uma obra-prima... eu acho que já vi esse filme mais de 30 vezes!!! E o filme tem algo a mais comigo: ele foi lançado nos cinemas americanos, no dia 11 de junho de 1986. Eu nasci no dia 11 de junho de 1980. "Curtindo a Vida Adoidado" é a DÉCIMA SEGUNDA imagem no título desse Blog!

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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Cidade em Estado de Guerra!


Infelizmente, jamais gostaria de postar algum desabafo tão crítico e urgente, mas como cidadão carioca e amante de minha cidade, faço esse texto com sentimentos mistos de revolta e como válvula de escape.

O Brasil talvez ficou ainda mais ciente dos detalhes criminosos e das mazelas sociais que infestam o Rio de Janeiro, após os filmes Tropa de Elite 1 e 2, perfeitamente retratadas pelo roteirista Bráulio Montovani e pelo diretor José Padilha. Mas nenhuma obra cinematográfica, até agora, chega ao viés realista e à calamidade de perigo que estou vendo hoje, pela televisão, dia 25 de novembro de 2010 (uma data que ficará, certamente, marcada na História da cidade).

Cenas reais e ao vivo de como o estado de emergência se instaurou no Rio de Janeiro - e que, provavelmente, terá um desdobramento que implicará em planos políticos futuros -, mostram a ação de várias equipes policiais, de patrulhamento e combate, prontos para tomar um dos pontos criminosos da cidade que é o Complexo do Alemão. Para quem não entende, e obviamente, não conhece bem essa triste realidade carioca e seus termos, explico que em nossa cidade possuem várias favelas (chamadas, burocraticamente, de comunidades carentes) que foi formada em sua maioria por imigrantes de outras cidades que, quando aqui chegaram, sem muitas opções de empregos e consequentemente, de moradias, acabaram favelizando lugares que não eram habitados, como morros e colinas, construindo casebres e barracos formados de tijolos e telhas de zinco; uma situação tão precária socialmente, que deveria ter sido controlada com uma vigilância e registro maior em nossas fronteiras décadas atrás, o que não houve. Essas favelas começaram a ser construídas em meados dos anos 80 (mas ainda não havia, no Rio, um mercado significativo de tráfico de drogas, naqueles tempos), e talvez por isso, nosso governo estadual deixou acontecer. O que parecia inevitável, no entanto, começou "a dar as suas caras": na década de 90, essas favelas cresceram e se expandiram absurdamente, criando-se os chamados "Complexos", que nada mais são do que um conjunto de favelas que abriga, lamentavelmente, grupos e facções criminosas que montaram suas redes de narcotráfico.

A polícia, assim como toda a população carioca, viveu esses anos sendo alvos constantes de praticamente TRÊS organizações do crime: o Comando Vermelho (CV, considerado o maior e mais perigoso grupo criminoso do Rio de Janeiro), o Terceiro Comando (outra grande e forte organização criminosa) e o entitulado Amigos dos Amigos (A.D.A.), um título até irônico para nomear um bando que seria simplesmente tidos como amigos de bandidos. Essas três perigosas facções criminosas disputam o mercado do tráfico de drogas e, na maioria das vezes, "duelam" entre si. O que aconteceu hoje, foi algo raro e completamente audacioso: esses três bandos se UNIRAM para enfrentar a polícia do Rio de Janeiro, devido a política de instalação das UPP's (Unidades de Patrulhamento Pacificador), que é uma instalação física resistente que, sem precisar usar de armas e truculência, montam e fixam uma espécie de "posto policial" com a intenção de vigilância e controle permanente em todas essas favelas. Isso, claro, minou o movimento dos traficantes e prejudicou todo o mercado do tráfico de drogas, os levando a reagir violentamente de ontem para hoje.

A resposta policial foi uma das mais ousadas e rápidas que já aconteceu na cidade do Rio de Janeiro, e isso precisa ser notificado: cinco unidades do BOPE, com mais de 200 policiais fortemente armados, mais a Polícia Militar, aliado à Polícia Civil, helicópteros e carros de patrulhamento foram deslocados para todos esses pontos críticos e, o mais surpreendente, foi a chamada de fuzileiros navais e soldados do Exército com tanques de guerra e mais de 10 blindados especiais, todos usados contra os criminosos e na invasão da favela de Vila Cruzeiro, uma das mais perigosas da cidade, localizada no bairro da Penha, zona Norte do Rio. A tomada foi tão desesperadora para os bandidos, que pegos de surpresa, tiveram que fugir de motos e carros por cima do morro (registrado pelas câmeras de TV), para uma outra favela que compõe o Complexo do Alemão. Para terem uma idéia, só o Complexo do Alemão reúne mais de 7 favelas, comportando um dos maiores covis de bandidos da cidade, e de uma extensão territorial que corresponde à duas pequenas cidades! O Complexo do Alemão é tão temido que a própria PM, normalmente, jamais conseguiu se adentrar. Hoje, uma grande parte desse terrível complexo favelizado, foi tomado!!

O histórico desses grandes traficantes que criaram suas redes de drogas, começaram em sua maioria na Cidade de Deus, em Jacarépaguá, zona oeste, e é uma das mais antigas favelas iniciadas no Rio, e também famosa pelo filme homônimo de Fernando Meirelles. Com o tráfico de armas, vindo depois por fronteiras dominada por cartéis, muitas vezes comandados por guerrilheiros colombianos (que, terrivelmente, treinou até muitos desses bandidos brasileiros!), os grupos de traficantes se fortaleceram e criaram um pequeno exército nas maiores metrópoles do país: Rio de Janeiro (com 3 facções criminosas, como já mencionado) e São Paulo (com a facção PCC). O lucro do tráfico arrecadado apenas dessas duas grandes cidades, praticamente armou e fortificou o poder total dos maiores criminosos do Brasil. Aqui no Rio de Janeiro, a zona Sul (área de elite e de moradores de alto poder aquisitivo) teve seus morros tomados pelos bandidos desde os anos 80, fazendo da favela da Rocinha ser a mais conhecida, até mundialmente. Mas com a tomada policial e o combate persistente do patrulhamento em cima da Rocinha e dos morros da zona sul, esses mesmos traficantes tiveram que "migrar" para o grandioso Complexo do Alemão, localizado entre 14 bairros da zona norte e lá, formaram uma base resistente e poderosa de drogas e de armas. Os mais perigosos chefões dos morros se instalaram nesse conjunto de favelas, fornecendo ainda mais periculosidade para os moradores dos bairros vizinhos. Agora, com essa poderosa e assustadora investida policial - como nunca ocorreu antes! - todos os traficantes fugiram e ainda se escondem no meio das matas ou em favelas menores; o "medo" deles é ter de abandonar mais uma vez, outra favela lucrativa para eles, e se isso acontecer, esses bandidos terão que ir para as favelas de Santa Cruz, zona oeste do Rio, que pelo mapeamento e territorialmente falando, não é nada satisfatório para eles, já que isolará a marginalidade longe dos centros urbanos e dos grandes centros comerciais da cidade do Rio de Janeiro.

Uma coisa é certa: tudo isso que está acontecendo em minha cidade, desde ontem, todo essa operação gigantesca de logística e armamento, mudará o cenário carioca. É um passo fundamental para se construir algo melhor... ou, algo ainda mais urgente terá que realmente ser feito à partir disso. A população, claro, sofre por enquanto com a redução dos transportes públicos nas ruas e com o medo constante de estar em lugares expostos. Mas, creio eu, que se essa corja vil, maligna e nojenta de traficantes, marginais e bandidos de toda a espécie (e seus protetores e cúmplices) forem realmente detidos - e, para o meu prazer pessoal, mortos! -, muita coisa boa poderá começar acontecer na cidade. O Rio de Janeiro não ganhou o título de "cidade maravilhosa" à toa; em décadas atrás merecemos de fato essa alcunha, temos ainda aqui uma natureza linda, lugares perfeitamente construídos para o lazer e cultura, monumentos esplendorosos e um povo muito hospitaleiro, brincalhão e amigável, que sabe receber qualquer visitante...

...o nosso câncer é mesmo a criminalidade. E para se extinguir um câncer, às vezes é preciso ser radical!!!

* Eu já pensei em Pena de Morte para os mais hediondos (o que ainda faria a superlotação das cadeias, diminuírem), ações de militarismo, política médica de não atender bandidos em hospitais, dinamitação dos nossos morros, enfim, eu já pensei em muita coisa para acabar com os marginais em minha cidade. Mas sei que a estrutura inicial para uma melhora de verdade e permanente, é a Educação e o controle de uma justiça social muito mais eficiente. O que, sei também, que não "nasceria" no Rio, mas sim, no Planalto Central, lá em Brasília!

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Coisas que eu vejo pela Internet #9 - "Redação com o melhor da Gramática Portuguesa"!


Esta é uma redação feita por uma aluna do curso de Letras, da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco - Recife, que obteve vitória em um concurso interno promovido pelo professor titular da cadeira de Gramática Portuguesa.
(Publicada na coluna LIVRE PENSAR, de Ivaldo Gomes).

"Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanáticos por leituras e filmes ortográficos. O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice.

De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela em seu aposto. Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar. Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto. Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros. Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta.

Estavam na posição de primeira e segunda pessoas do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história. Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou, e mostrou o seu adjunto adnominal. Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto. Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino. O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.

* Marcel Camp sempre acreditou que inteligência com criatividade resulta em coisas fabulosas como esse texto!

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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

BadernaCast #03 - Falamos sobre os Heróis Brucutus do Cinema de Ação!


O Badernacast é o podcast coletivo no qual participo, e foi criado para o Blog OUltraBadernista de Alexandre Lessa (o Pimp Mal) e integrado por mim e pelo amigo Rafael Frassetto.

Nesse terceiro podcast, nos armamos até os dentes, enchemos os bolsos de granadas e mandamos tudo pelos ares, com direito à muitas frases de efeito... apenas para preparar o terreno e entrar no explosivo universo dos famosos e inesquecíveis Heróis Brucutus do Cinema de Ação! Falamos dos melhores dos anos 80 (a década que teve a maior munição dos filmes adrenalínicos), mencionamos aqueles personagens icônicos que adoravam atirar primeiro para perguntar depois, lembramos de Arnold Schwarzenegger, Sylvester Stallone, Jean-Claude Van Damme, Bruce Willis, Steven Seagal, Dolph Lundgren, Chuck Norris... e teve espaço até para entrar o nosso temido Capitão Nascimento Wagner Moura (pois ficamos com medo de entrar no saco ou ele pegar o cabo de vassoura!). Momentos marcantes que cada um desses brucutus tiveram em seus idolatrados filmes... personagens memoráveis que para sempre estarão na mente de quem viveu os anos de ouro dos filmes de ação e de seus truculentos heróis! Num tempo em que Vin Diesel, The Rock e Jason Stathan eram meninos andando de patinete, esses caras botavam pra QUEBRAR de verdade... mas com muito mais estilo e originalidade!

Ouça então esse terceiro BadernaCast, antes que eu vá comer Boinas-Verdes no café da manhã.
Obs: No final do podcast, alguns SPOILER's sobre o desfecho de "Tropa de Elite 2" foram dito. Portanto, se você não viu o filme ainda, não ultrapasse os 55 minutos.



*Sintam-se à vontade para nos mandar críticas, dicas e sugestões... só não vale tentar nos metralhar, tacar granadas ou pegar nossas famílias como reféns!

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terça-feira, 23 de novembro de 2010

As 13 Coisas que um Vendedor de Sapatos gostaria de lhe dizer:

1- Não precisa pedir tamanho 37 se você calça 40. Ninguém dá a mínima para o seu pezão (mas não custava nada usar um talquinho desodorante).

2- Posso estar ajoelhado a seus pés, mas não sou seu escravo. Não me faça perder horas aqui no chão e nem tente ser arrogante, pois senão, digo que o número exato daquele modelo que você quer, está em falta em todo o mercado.

3- O sapato tem de ter a largura do seu pé e ser mais comprido. O importante não é apenas a distância do calcanhar à ponta do dedão. É também a distância entre o calcanhar e o calo abaixo do seu dedão.

4- Não experimente os sapatos que estão à mostra se não forem do tamanho do seu pé. Tem gente que insiste em calçar sapatos pequenos demais e aí fico com o meu mostruário todo bagunçado.

5- Não me deixe esperando dez minutos enquanto conversa ao celular. Você gostaria que eu fizesse o mesmo?

6- Não temos exatamente o que você quer, e não dá para fabricar sapato nos fundos da loja enquanto você espera...

7- Se você emagrecer, seus joelhos, tornozelos e pés vão se sentir melhor. Mas seus pés não vão encolher.

8- Se os seus filhos costumam andar com seus sapatos em casa, tudo bem. Mas aqui na loja, não. Diga a eles que se comportem, porque os sapatos daqui não são de brinquedo. Obrigado.

9- Não pegue o vício de trocar os sapatos que comprou. Uma ou duas vezes, até vai. Mas 10, 20 vezes por ano?

10- Se eu lhe disser que o sapato não cabe, acredite em mim! Já soube de fregueses que experimentaram sapatos pequenos demais e depois nem conseguiram tirá-los do pé.

11- Passei meia hora tentando atendê-la e agora você diz que ainda precisa da opinião do seu marido?

12- O barato pode sair caro: um sapato de R$50 nunca será tão confortável quando um de R$150.

13- Quer usar meias da loja para experimentar sapatos? Aquelas que eu nunca vi serem lavadas? Humm, melhor não...

* E nunca sente perto de criança quando for experimentar sapatos em lojas, elas podem chutar os seus sapatos pra bem longe ou pisar em cima deles!

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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Super Heróis REPAGINADOS #01 - Estranho hábito alimentar!

* Clique na imagem para vê-la melhor.

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domingo, 21 de novembro de 2010

Um passeio - TERRÍVEL - no Zoológico!


Como muitos sabiam, eu havia prometido a mim mesmo, que se surgisse uma outra oportunidade de ir para a casa dos parentes fazer uma "visitinha de domingo com churrasco", (leia aqui, a degradante experiência!) a preferência iria para um passeio no Zoológico. E foi o que eu fiz. Deixei a parentada de lado e resolvi visitar animais que me dessem menos estresse!

Chegando lá, para minha surpresa inicial, eis que surge um ônibus com aquelas turminhas de escola primária onde sempre tem uma professora escandalosa berrando para os alunos entrarem em forma e darem as mãozinhas um pro outro. Acho que são esses os momentos em que as professoras encarnam o espírito aventureiro da coisa, viram guias turísticas e acreditam piamente que são alguma espécie de Donald Schultz fazendo uma reportagem para o Animal Planet. Bom, depois de ver umas duas ou três crianças se socando na fila, outra já deixando cair a garrafa térmica cheia de suco no chão e a professora estagiária (sempre tem uma professora estagiária pra pagar seus "pecados" e se tornar responsável pelos diabólicos alunos) tentando conter a bagunça, resolvi comprar meu sorvete e ir caminhando pelo zoológico a fim de conhecer melhor os animais enjaulados. Afinal, era esse o meu objetivo ali!

A primeira jaula que vejo na frente é uma de aves, contendo diversos pássaros, desde papagaios à pavões. Todos em divisórias, para não se misturarem! Mas qual a graça de ver um bando de animais soltando penas e enfiando o bico no alpiste como se o mundo deles se resumissem naquele movimento, duzentas vezes repetidos? Chegava a ser entediante ver a famosa arara azul de bico preto mais suja que o rinoceronte... a beleza dela, que se expunha exatamente em suas cores vivas, estava completamente arruinada, uma vez que a ave estava camuflada numa só cor: marrom enlamaçado. Onde diabos afinal aquela arara havia se metido? Numa privada?? O papagaio que todos esperavam falar alguma gracinha ou as famosas piadinhas e cantaroladas, estava dormindo no puleiro com as penas mais chamuscadas que um palito de fósfero velho. Nem um "curupaco" aquele pássaro verde musgo soltava. Coitado do papagaio! Estava tanto tempo exposto ao sol que nem mais loiro era... estava chegando a ser quase um urubú. Até o pavão, que confesso, era o bicho daquela jaula que mais me chamou atenção pelo andar elegante e pela variedade de brilho e cores que possuía sua plumagem, ficou arriado no chão na maior parte do tempo com o pescoço dentro de uma bacia dágua. Uma imagem, no mínimo, bizarra! Pois estava meio difícil saber onde começava sua cabeça e terminava o rabo. Sério, parecia uma trouxa de roupas carnavalescas jogada no meio da terra. E como aquela ave conseguia ficar tanto tempo com a cabeça submersa sem respirar? O limpador daquela jaula dizia que era assim que o pavão bebia água, mas tenho sérias suspeitas que vendo seus "companheiros de cela" no estado deplorável que se encontrava, aquele bicho estava mesmo era tentando suicídio!

Um pouco mais à frente, encontrei a mau cheirosa jaula dos macacos! Era merda espalhada pelo chão e pelas árvores que não acabava mais. Havia um tronco de árvore plantada bem no centro da jaula, que tinha até bastante terra e folhagens praqueles micos se divertirem, mas o mico maior mesmo foi o que pagou uma senhora que tirava fotos pertinha das grades... sem ela esperar pelo que vinha à sua esquerda, um pequeno chimpanzé conseguiu reunir o maior montinho de fezes em cima do galho onde estava e "varreu" com uma mãozada pra cima da coroa. Uma pena! A velhinha, além de chiar horrores pelo acontecido, teve que se lavar no banheiro do zoológico, já que sua roupa branca com detalhes em creme, agora tinha respingos pretos por todo o decote e braço, formando um interessante e moderno espiral. O que mais me deixou intrigado é como um pequeno chimpanzé daquele, com pouco mais de 30cm, conseguiu fazer uma obra fecal tão grande! Na certa, ele catou mais alguns badalhocos de seus amiguinhos primatas no local e fez aquele castelinho de merda... a habilidade com que ele varreu toda aquela cagada usando apenas uma mão, é que me espantou de fato. E a mira do macaquinho era tão estupenda, que a merda conseguiu atingir a velha sem nem tocar na grade!!! Aquele animalzinho merecia uma entrevista.

Outra jaula que me deixou um tanto incômodo foi dos hipopótamos. Qual a graça em ver um bicho daquele gordo (nada contra os gordos), molenga, chato e sem atrativo algum, subindo e descendo do lago onde estava? Era muito entediante. Um bicho sem a menor criatividade. Além do mais, hipopótamos são antipáticos! Reparem como eles parecem nunca olhar com simpatia pra ninguém! Exibindo aqueles dentes cheios de marcas de capim e um rabinho que mais parece a ponta de uma varinha de fadas, os hipopótamos são os típicos animais que devem estar pensando em mandar todos aqueles visitantes ao redor de sua jaula, pro raio que os partam! Ainda mais com aqueles pirralhos da escola primária tacando amêndoas, goiabas e outras pequenas frutas na cabeça do bicho. Até eu ia ficar antipático...! E o pior é que aquelas crianças não satisfeitas em jogar as frutas na cabeça do animal, gritava pra ele afundar na água que nem submarino! E riam do pobre e mau humorado hipopótamo. Na boa, mas nem antipático eu estaria nessa hora... eu já estaria era PUTO! Imaginem eu quieto no meu canto, com uma tremenda enxaqueca, com uma cara de poucos amigos, e aquele bando de crianças bagunceiras tacando goiaba no meu fucinho e amêndoas no meu rabo, pedindo pra eu afundar que nem submarino, rindo da minha cara e sacudindo as grades da minha cela... putz, eu já estava era imaginando o hipopótamo saindo com uma arma debaixo da água e metralhando aqueles seres tão irritantes!!! Começo a entender a antipatia dos hipopótamos.

E depois de ver as jaulas das girafas, onde pensei que todas eram fêmeas (é muito estranho imaginar um "girafo" machão com aqueles cílios gigantes e aquelas "anteninhas" floridas e efeminadas no alto da cabeça) e as jaulas dos elefantes e dos pinguins (estavam todos dormindo e mandando os visitantes irem se fuder), chego finalmente na "temida" jaula dos leões e dos tigres. Putamerda, que tédio!!! Tudo bem que eu não esperava um show circense onde um leão pularia uma roda de fogo ou dois tigres se degladiariam em posições ferinas, mas que ao menos, uma corridinha de leve em torno da jaula ou até mesmo um rápido rugido eles poderiam ter feito! Que nada, ficaram lá sentados com as bundas em cima da própria comida se lambendo com semblantes abobalhados e frouxos. Um dos tigres machos parecia ser até gay, já que roçava sua cabeça numa pedra e rolava no chão como uma louca desvairada... o zelador da jaula disse que esse comportamento do tigre era uma fase inicial do cio, em que ele estava sentindo, provavelmente, o cheiro de uma das fêmeas. Mentira! O tigrinho era bichinha mesmo, já que lambeu depois as bolas do leão!!! É sério. A cafungada que deu nos testículos do leonino ali, deixou até o "Rei da Selva" encabulado. Mas isso, a gente não precisa se aprofundar!

O fato é que eu saí do Zoológico mais entediado do que entrei, tomei meu sorvete o tempo todo com cheiro de merda no ar (fica aí a dica, JAMAIS comprem nada pra comer dentro do Jardim Zoológico, pois a catinga é braba!) e ainda no final, encontrei a velha atingida pelo macaquinho cagão, dizendo que jamais voltaria àquele lugar. Mas o que ainda me surpreendeu mais foi a porra do pavão, ainda lá, estático e prostrado... com a cabeça enfiada na bacia dágua.

* Em alguns momentos, eu torcia praquele bando de crianças bagunceiras caírem na jaula dos jacarés.

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sábado, 20 de novembro de 2010

Vem Aqui No Meu Blog ganha seu primeiro prêmio!


Com apenas 3 meses de "vida" (nascido em 3 de setembro de 2010), possuindo 48 seguidores, 90 postagens até agora e mais de 10 rascunhos perdidos (que já me fizeram quase bater no teclado!), o Vem Aqui No Meu Blog tem a honra de receber do blogueiro e amigo Kiko Lemos, do Desventuras Inimagináveis, o significante prêmio Dardos. Essa premiação representa o seguinte:

"O Prêmio Dardos é o reconhecimento dos ideais que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc... que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, e suas palavras. Esse selo foi criado com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros; uma forma de demonstrar o carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à web."

O blog premiado deve também indicar outros (sem número limite) para adquirirem o mesmo selo com o objetivo de que este incentivo não acabe, mas, para isso, necessita que os novos indicados sigam as instruções:

1) Você deve exibir a imagem do selo em seu blog.
2) Você deve linkar o blog pelo qual você recebeu a indicação.
3) Escolher outros blogs a quem entregar o Prêmio Dardos.
4) Avisar os escolhidos.

Minhas escolhas são:

Verdades e Bobagens, de André Mansin
Película, de Barbara Chagas
Minha Essência, de Barbara Nonato
Simplesmente, Adad, de Daniela
Dicas de Filmes e etc, de Erica Miranda
Humor Negro Sem Censura, de Laura
Uma Pitada de Cada Coisa, de Silvia Azevedo
Toca do William, de William

*São todos grandes blogs!

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Coisas que eu vejo pela Internet #8 - O Nosso Cérebro


*Eu smerpe ahcei isso mituo lgael... o dficíl msemo é ptraicar a esircta dsesa fomra ebralhamada!!

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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Steven Spielberg

Um dos maiores fenômenos da história do cinema, Steven Allan Spielberg dirigiu filmes que não só se tornaram recordistas de bilheteria, como se inscreveram na galeria dos mais incríveis espetáculos cinematográficos de todos os tempos.

Uma criança solitária fascinada por cinema, Spielberg fez vários filmes caseiros durante a infância e adolescência. Aos 21 anos foi contratado pelo estúdio Universal, que havia ficado impressionado com ''Amblin''', curta-metragem que marcou a estréia profissional do jovem cineasta. Seguiram-se trabalhos para a televisão como seu primeiro longa-metragem chamado ''Encurralado'', um angustiante suspense de perseguição na estrada e tido até hoje como um dos melhores "road movies" de todos os tempos.

(Encurralado, "Duel" - de 1971. Seu primeiro longa metragem)

Em 1974, Spielberg estreou no cinema com ''A Louca Escapada'', elogiado pela crítica, e o início da parceria com o compositor John Williams, figura fundamental na carreira do diretor. O ótimo ''Tubarão'', lançado no ano seguinte, além de concorrer ao Oscar de Melhor Filme, tornou-se a maior bilheteria do cinema até então e fez de Spielberg uma estrela. ''Contatos Imediatos do Terceiro Grau'', uma belíssima ficção sobre a anunciada visita de extraterrestres, lhe rendeu uma indicação de Melhor Diretor. ''1941 - Uma Guerra Muito Louca'', uma fracassada (injustamente) comédia passada na Segunda Guerra, concluiu a década de 1970.

(Tubarão, "Jaws" - de 1975. Spielberg brincando na boca da criatura feita de ferro)

Os anos 1980 começaram de forma triunfal, com ''Os Caçadores da Arca Perdida'' e ''E.T. - O Extraterrestre'', ambos indicados aos Oscars de Filme e Direção. O primeiro é um dos pontos altos do cinema de aventura, que lançou o herói Indiana Jones e teve três sequências (também dirigidas por Spielberg). Com ''E.T'', o diretor voltou aos extraterrestres e criou um filme de raro encantamento sobre a amizade entre um menino e um visitante de outro planeta. ''E.T'' ainda reconquistou para Spielberg o posto de maior bilheteria do século, que havia sido perdido para ''Star Wars'', do amigo George Lucas.

(Com Harrison Ford, nas filmagens de Indiana Jones e com o extraterrestre bonzinho, de E.T.)

Abordando assuntos mais sérios, Spielberg dirigiu os dramas ''A Cor Púrpura'' e ''O Império do Sol'', filmes que dividiram opiniões. ''A Cor Púrpura'' foi indicado em nada mais e nada menos que 11 categorias do Oscar, inclusive Melhor Filme. Spielberg não concorreu como Diretor, e alguns viram no prêmio especial Irving Thalberg, concedido ao diretor em 1987, como um pedido de desculpas da Academia.

(Whoopi Goldberg ameaçando Danny Glover em "A Cor Púrpura", e ao lado, o veterano John Malkovich abraçando o menino Christian Bale - o atual Batman - com ainda 13 anos de idade, no excelente "Império do Sol")

Seus dois filmes seguintes, a refilmagem ''Além da Eternidade'' e ''Hook - A Volta do Capitão Gancho'' foram considerados decepcionantes. Quando o declínio parecia inevitável, surgiram o divertido e empolgante ''O Parque dos Dinossauros'', outro campeão de bilheteria, e ''A Lista de Schindler'', magistral obra em preto-e-branco sobre o Holocausto, que finalmente daria a Spielberg os Oscars de Filme e Diretor.

(Steven com um Brontossauro, no set de "O Parque dos Dinossauros", e ao lado, uma cena do emocionante "A Lista de Schindler", considerado uma das versões definitivas do Holocausto Nazista)

''Amistad'' e ''O Resgate do Soldado Ryan'' são exemplos adicionais de sua competência como cineasta, nos quais o diretor criou cenas de extremo realismo sobre a escravidão e a guerra, respectivamente. ''Ryan'' ainda concorreu ao Oscar de Melhor Filme e deu a Spielberg sua segunda estatueta de melhor diretor. Outro grande desafio na direção foi ''A.I. - Inteligência Artificial'', antigo projeto de Stanley Kubrick, que faleceu em 1999. Kubrick desenvolvia ''A.I.'' há mais de 20 anos. Spielberg conduziu o projeto como seu, tanto que assinou o roteiro, o que não fazia desde ''Contatos..''. Mas soube preservar os ideais do colega em uma ficção científica sombria, num verdadeiro amálgama dos dois gênios.

(O ataque à praia da Normandia, no ótimo "O Resgate do Soldado Ryan" e, ao lado, Spielberg com Haley Joel Osment, no reflexivo "A.I. - Inteligência Artificial")

Além de diretor, Spielberg igualmente solidificou a carreira como um dos grandes produtores em Hollywood. Seu nome aparece em importantes projetos não só para cinema (''De Volta Para o Futuro'', ''Homens de Preto'', ''Os Goonies''), mas também para televisão em séries campeãs de audiência (''ER'', ''Band of Brothers'', ''Taken'', "The Pacific"). Em 1995 fundou a Dreamworks SKG, uma potência na indústria de cinema e multimídia que tinha como sócios Jeffrey Katzenberg, ex-executivo da Disney, e David Geffen, o magnata da empresa fonográfica Geffen Records. Parte da empresa seria vendida anos mais tarde para o estúdio da Paramount, onde aliás Spielberg mantém seu próprio escritório.

(O logotipo da Dreamworks, o estúdio de cinema que ele fundou, e ao lado, Jeffrey Katzemberg, Spielberg e David Geffen, os fundadores)

Spielberg está na lista dos homens mais ricos do mundo, com uma fortuna pessoal avaliada em aproximadamente 4 bilhões de dólares. E mesmo assim ele não pára. Produz, escreve roteiros e dirige. No máximo a cada dois anos lança um filme com a sua assinatura na direção. Após ''A.I.'' realizou outra ficção, ''Minority Report'', estrelada por Tom Cruise. Em seguida vieram ''Prenda-me se For Capaz'' e ''O Terminal'', ambos com Tom Hanks. Logo depois, outro projeto com a presença de Cruise, a refilmagem ''Guerra dos Mundos''. Com o drama ''Munique'', sobre os atentados terroristas durante as Olimpíadas na Alemanha em 1972, novamente a Academia indicou seu nome como melhor diretor.

(Uma cena do emocionante thriller político Monique - "Munich", de 2005)

Separado da atriz Amy Irving (que se casou com o diretor brasileiro Bruno Barreto), ele uniu-se em matrimônio com a também atriz Kate Capshaw. O cineasta tem uma irmã, Anne Spielberg, co-roteirista de ''Quero Ser Grande'' e um filho que se envereda pelo caminho da atuação, Max Spielberg.

Justificar(Steven sentado ao lado de sua mulher Kate Capshaw, numa das Cerimônias do Oscar)

O American Film Institute divulgou uma lista dos 100 melhores filmes americanos de todos os tempos. Steven Spielberg, com 5 filmes, foi o diretor mais representado. Um feito nada surpreendente para um diretor que soube cativar o público como nenhum outro nas últimas décadas.

CURIOSIDADES:

  • Vindo de uma família judaica de classe média, Steven Spielberg ganhou sua primeira câmera com apenas 12 anos de idade;
  • Aos 19, iniciou o curso de Cinema na Universidade da Califórnia, sendo que aos 22 anos filmou Amblin, curta que possibilitou sua entrada na Universal Studios, onde passou a realizar vários filmes para a TV americana;
  • O mais importante deles foi Encurralado, que se tornou um grande sucesso de crítica;
  • Steven Spielberg morre de medo de alturas e por isso, sofre quando tem que filmar em lugares altos e principalmente dentro de uma grua.
  • O diretor foi picado por uma cobra em um dos filmes de Indiana Jones, e mesmo não sendo venenosa, deixou sua mão inchada.
  • Steven realizou obras primas cinematográficas quando nem era de fato Cineasta formado... ele só foi tirar seu diploma conclusivo como Diretor de Cinema em 2002!

* Spielberg possui um talento nato, e ele é a DÉCIMA PRIMEIRA imagem no título deste Blog!

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