Criado e escrito por Jonathan Nolan (sim, ele mesmo... um dos roteiristas da atual trilogia Batman), PERSON OF INTEREST conta a história de Harold Finch (o ator Michael Emerson, o “Benjamin Linus” de Lost) após este criar uma máquina de monitoramento que consegue, à partir do CPF das pessoas, identificar um possível crime em andamento, não conseguindo apenas descobrir se o portador daquele CPF é a vítima ou o próprio criminoso. Para isso, Harold convoca John Reese (Jim Caviezel, o Jesus Cristo de Mel Gibson), um ex-agente da CIA que possui um drama no passado ainda não tão revelado, para o ajudar nessas missões. Atuando no anonimato, ambos são considerados mortos, mas começarão a levantar suspeitas de uma sagaz detetive chamada Carter e de um ex-corrupto policial de nome Fusco, que acabarão se integrando à dupla aos poucos.
O roteiro é tão engenhoso que o espectador jamais sabe muita coisa tanto de Finch (o cérebro das missões) quanto de Reese (o corpo), mas ainda assim gostamos de cara deles e torcemos para que a Polícia de Nova Iorque não os descubra. Com um clima de mistério bem dosado e com uma ação que eu não via desde “24 horas”, John Reese se torna tão implacável quanto Jack Bauer, mas com aquela aura de Batman, onde mesmo fazendo o bem e protegendo os inocentes, eles precisam fugir das autoridades. Aliás, por falar em vigilantes urbanos, a relação da dupla Finch e Reese lembra muito Microchip e Frank Castle... dos quadrinhos do Justiceiro.
Com uma perfeita mistura de séries com episódios fechados, e com as séries continuativas (aquelas que possuem uma trama a se desenrolar durante toda a temporada), PERSON OF INTEREST torna-se, ao meu ver, um sopro de inteligência e vitalidade dentro de um gênero quase abandonado nas séries de TV: o da ação altamente enganchada. E o elenco, composto pelo sempre competente Jim Caviezel, passando pelo ótimo Michael Emerson, destacando a carismática Taraj P Henson como a Detetive Carter, e o convincente Kevin Chapman como o policial Fusco, o seriado de Jonathan Nolan só vem provar ainda mais como o talento dos Nolans não é algo somente de uma mídia... se no cinema eles são incríveis, na televisão, eles são tão bons quanto!
* O último episódio dessa primeira temporada, é algo EXTRAORDINÁRIO!!!
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